Nível dos reservatórios das principais hidrelétricas é o mais baixo desde 2015 e exige maior uso de termelétricas, encarecendo a conta de luz.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, durante o mês de junho, vai vigorar no País o patamar 2 da bandeira tarifária, o mais caro do sistema. Tal situação se deve ao fato do baixo nível de armazenamento de água nos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por mais da metade da capacidade de geração do país. De acordo com o governo, o último período de chuvas intensas nas duas regiões, de novembro de 2020 a abril de 2021, foi o mais seco em 91 anos.
A PSR Consultoria Energética que possui extensa experiência em estudos nas áreas de recursos hídricos classifica a situação para o suprimento energético deste ano como preocupante, mas ainda não alarmante. Na avaliação da PSR o Brasil possui alternativas para gerenciar a atual crise hídrica, assim como já fez em um passado recente, que apresentou por situações complexas e similares. Para o suprimento de 2022 a consultoria diz que a situação pode mudar e que por isso ainda é cedo para se avaliar esse ponto, apesar da ‘luz amarela’ ter sido acionada quanto ao suprimento para o próximo biênio.
Devido ao acionamento das usinas térmicas fora do padrão normal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a “bandeira vermelha” patamar 2 para junho. Isso significa que será cobrado nas contas de luz de todos os consumidores do país um valor adicional de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumidos.
As bandeiras tarifárias sinalizam o custo de geração de energia no país. A bandeira fica na cor verde quando o nível dos reservatórios de água está alto e não há necessidade de acionamento extra de usinas térmicas.
Quando os reservatórios ficam baixos, as térmicas são acionadas, o custo da energia sobe e a bandeira tarifária passa para as cores amarela ou vermelha.
A cobrança adicional da bandeira tarifária, criada em 2015, serve justamente para levantar recursos que vão pagar pelo custo mais alto de produção de energia.
Apesar do baixo nível dos reservatórios e da baixa perspectiva de chuvas para os próximos meses, o governo descarta o risco de apagão em 2021. Porém, não estão descartadas medidas emergenciais para garantir o fornecimento de energia.
Fonte: Canal Energia
Fonte1: G1
Fonte2: G1