As organizações em 2022 apontam o cumprimento da LGPD como uma das prioridades

A adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) das organizações em 2022 é uma das pautas prioritárias neste ano de 2022, ao lado de temas como a implementação da agenda ESG (Environmental, social and corporate governance / Governança Ambiental, Social e Corporativa).

Com as regras para a aplicação das penalidades determinadas pela LGPD ganhando destaque neste começo de ano, as empresas começam a se preparar cada vez mais pelo receio de receber uma multa de valor alto. Essas regras estão sendo divulgadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Em sua aplicação, as penalidades impostas pela lei podem ter efeito retroativo a agosto de 2021, mês em que começou a valer de fato as regras e aplicação das sanções estabelecidas pela LGPD.

Toda essa preocupação, tem uma grande razão por trás, pois descumprir a LGPD pode ocasionar duras punições, tais como o bloqueio dos dados pessoais objeto da infração, além das multas, que podem chegar a 2% do faturamento da empresa ou até R$ 50 milhões por infração, sendo essas sanções bem impactantes ao caixa das empresas. Correr este risco não é algo que os executivos almejam. Além das punições pecuniárias e do bloqueio dos dados pessoais, as empresas receiam os chamados ataques cibernéticos, a qual a frequência desses ataques vem crescendo e preocupando os
setores de TI das organizações.

Através de um levantamento realizado pela Psafe, uma das principais empresas de segurança digital da América Latina, em 2021 foram mais de 600 milhões de dados vazados em três grandes ataques cibernéticos que ocorreram em janeiro, fevereiro e setembro. Ademais, segundo estudos realizados, houve cerca de 44,5 milhões de tentativas de estelionato virtual e 41 milhões de bloqueios de arquivos programados para invadir redes das empresas e roubar ou sequestrar dados.

Diante deste cenário de inúmeras ameaças, riscos e possibilidades de sanções, se faz mais do que necessário uma maior conscientização por parte dos executivos e suas organizações em relação à importância e prioridade de se proteger os dados, garantir a segurança das informações e cumprir a LGPD.

Os executivos, em sua maioria, já perceberam que as organizações se tornaram muito complexas e que proteger seu banco de dados passou a ser uma tarefa de extrema prioridade e árdua, na qual se faz cada vez mais necessária para evitar exposição a riscos cibernéticos e de privacidade. O crescimento da importância de gerir os riscos relativos à LGPD, aumenta cada vez mais, seja mediante a identificação deles, a escolha cuidadosa dos parceiros comerciais que já estejam adequados ou em processo de adequação e, naturalmente, o ajuste contratual das relações, empresariais ou trabalhistas.

Portanto, não há outra saída senão a adequação contínua à LGPD. A empresa ter um plano de ação atualizado e coloca-lo em prática para tratar as crises decorrentes de violação de dados é outro fator relevante nesse universo de proteção de dados, com isso, as organizações conseguirão dar respostas rápidas em ataques cibernéticos sem comprometer sua operação e imagem. Cabe ressaltar que dependendo da gravidade do incidente a segurança cibernética, a situação precisa ser comunicada aos titulares e à ANPD.

A implementação de um plano de ação, busca dar agilidade e direcionamentos para a empresa agir em caso de vazamentos. Essa velocidade de resposta, inclusive, é exigência da própria LGPD e da ANPD. Diante de um potencial risco que possa gerar muita dor de cabeça as executivos, o cumprimento da LGPD e suas regra, com o aumento dos riscos cibernéticos, começam a preocupar as empresas e ser tema de discussões prioritárias das diretorias das organizações como temas necessários aos negócios.

Fonte:

Notícia – Conjur

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